quinta-feira, 7 de junho de 2012

Os Labradores já eram

Caros amigos, o post anterior ficou demasiado tempo. A ninhada voou em dois tempos!!! Que os donos estejam à altura e que sejam felizes e façam pessoas felizes!!!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Resposta à Rossana

Antes de mais não sei se está em Portugal. Se estiver, existem coleiras estranguladoras em qualquer loja de animais ou até Hipermercados. Este tipo de coleiras tem a vantagem de ser ajustável mecanicamente pelo que dão em qualquer raça, se bem que se estiver muito larga temos que ter mais atenção primeiro porque não alargam tão rapidamente e segundo porque é mais fácil para o cão “desembaraçar-se” dela. Mas sem dúvida que é uma mais-valia e que na minha opinião é a melhor opção (ver http://nossofielcompanheiro.blogspot.com/2011/05/coleiras-estranguladoras.html).
Quanto às mudanças comportamentais repentinas, são muito mais comuns do que imaginamos e muito honestamente não acredito no acaso nestas situações. Normalmente há uma situação ou experiência, que na altura se calhar nem reparamos, que faz despoletar isso. Seja uma situação de agressividade de outro cão que muda o comportamento do nosso, seja até um comportamento nosso. Convém não esquecer que os nossos amigos estão normalmente muito atentos a nós e se lhes damos sinais de nervosismo ou tensão eles tendem a ficar no mesmo estado.
Quanto à KIKA, parece-me (e é complicado falar em abstracto sem conhecer a cadela) que é algo territorial. Ela já teve alguma ninhada? Por vezes as cadelas tendem a ficar superprotectoras depois de serem “mamãs” e isso repercute-se na relação que têm com tudo o resto inclusive com os donos.
Parece-me no entanto que é uma situação extrema quando adopta uma postura agressiva perante um dos donos quando está a receber mimo de outro. Normalmente isso é mero ciúme. Formas de minimizar o problema: desde logo não ficar intimidado com a atitude agressiva, a tensão que se gera provavelmente faz com que ela sinta que conseguiu o seu objectivo, isto é, afastar a “ameaça” e continuar a receber festas; a atitude mais acertada (mais uma vez falando sem conhecer o caso em concreto) é com calma e tranquilidade fazerem festas ao mesmo tempo, usando um tom de voz sereno e mostrando que a atitude agressiva não faz sentido. Atenção, ralhar pode ter o efeito adverso de a deixar ainda mais tensa, mas não fazer nada só tenderá a agravar a situação.
Os sinais de agressividade de que fala com outros cães e com pessoas estranhas (rosnar e mostrar os dentes) podem ser mera defesa até dos donos. É importante sentir a cadela e saber se é meramente uma atitude para intimidar ou se de facto, se os donos deixassem, ela atacaria.
A diferença normalmente está nos pequenos gestos, sair antes da cadela é um bom princípio, o ser autoritário é relativo. Isto porque, se a nossa posição não for natural, isto é, se o cão não nos vir naturalmente como líder, tenderá a questionar essa autoridade. Algumas questões: quando está a comer rosna a quem se aproxima? Tem algum brinquedo que não permita que alguém chegue perto? Isto são questões importantes e podem fazer a diferença. Sugestão: quando chegar a hora de comer, chame a Kika mas obrigue-a a esperar um bocadinho sentada ao pé da taça. Se for possível já com a comida na taça. Arranje um novo brinquedo e use-o aproveitando a distracção para pegar no outro e brincar com os dois. Desta forma ela vai entender que quer a comida, quer o brinquedo não são dela e é o líder que permite que tenha acesso a isso.
Quanto ao comportamento com outros cães só mesmo vendo reacções é que poderia sugerir soluções, pelo que acho que o mais indicado é tentar arranjar um treinador que possa ver de perto e tentar resolver isso.
Convém ter em atenção as características próprias da raça (ver http://arcadenoe.sapo.pt/raca/podengo_portugues/146). Pode ler-se neste artigo que é importante que “saibam respeitar o espaço pessoal do cão”, isto significa que é algo territorial pelo que a introdução de “novidades” nos seu “território” deve ser feita com cuidado. Neste caso o Retriever de Labrador é uma boa escolha, se ainda por cima é o cão de sonho, tanto melhor. No entanto, é bom que a Kika não se aperceba disso. Sendo uma cadela por si ciumenta, não irá ver com bons olhos que tudo passe a ser dividido (o mimo, as brincadeiras, a comida) ou seja é fundamental que ela receba muita atenção neste processo. Há cães que simplesmente nunca ultrapassam esta fase e vão rosnar sempre aos seus “companheiros” de casa. Desde que a nova cadela (fica a faltar saber o nome) não fique traumatizada e simplesmente ignore (o que é natural que aconteça mas a vossa atitude é determinante), o ideal é sempre tentar acalmar quando essa atitude mais agressiva aparece, sem nunca, no entanto, ver esse comportamento como aceitável. Tente arranjar duas zonas de conforto que elas identifiquem como delas (duas alcofas por exemplo) e coloque-as perto mas não juntas. Não defina qual é de quem, a Kika sendo a mais velha e aparentemente dominante, em contraste com uma cachorrinha que tendencialmente é submissa, encarregar-se-á de fazer essa definição.
Estando a escolha feita é algo inútil o seguinte comentário mas poderá servir para quem nos lê. Tendo uma cadela em casa, mostre ou não sinais de agressividade, e se quisermos arranjar outro, o ideal é que seja um cão e não outra cadela. O Inverso também é verdadeiro, se temos um cão o ideal é uma cadela. Claro que temos outro tipo de preocupações, como o cio, mas normalmente é uma convivência muito mais pacífica.
No entanto a adaptação, seja em que caso for é sempre fundamental. Tente fazer brincadeiras em conjunto, sem estimular a competição. Por exemplo, se optar por uma brincadeira com bola, use 2, para cada uma ir buscar a sua. É normal que a Kika até largue a que apanhou para ir “roubar” a da Labrador mas cada uma trará a sua e a competição esbate-se.
Tente hierarquizar a comida (nem sempre resulta até porque um cão bebé terá necessidade de maior numero de refeições em menor quantidade, tente que a Kika não se aperceba disso) e tente intercalar entre dar primeiro comida à Kika e depois à Labrador e noutras ocasiões dar ao mesmo tempo (sempre em taças separadas). é também importante, enquanto esse comportamento se mantiver que haja por exemplo duas taças de água.
Espero ter ajudado.

Mail com questões da Kika

Meus amigos recebi este e-mail e pedi autorização para o publicar e responder por aquipor achar que pode ajudar mais alguém. Aqui fica o mail:


Boa tarde,


Li o seu blog hoje pela primeira vez, andava à procura de informações sobre estranguladoras para cães de porte pequeno uma vez que vi um programa do César Millan onde ele disse que era a melhor forma de ensinar o cão, e eu simplesmente não sei onde encontrar essas estranguladoras. Encontrei o seu blog e achei muito interessante, pode ser até que me consiga ajudar com o problema que tenho com a minha cadela.

Tenho uma cadela Podengo chamada Kika. Desde os dois meses de idade que ela está comigo, e hoje já tem 4 anos. é super meiguinha, mas desde que fez 3 anos o seu comportamento mudou em alguns aspectos.

Quando ia à rua, era uma cadela que adorava brincar com os outros cães, até que um dia..pura e simplesmente deixou de deixar que se chegassem perto, rosnava e mostrava os dentes...
Agora faz isso também até com as pessoas quando não as conhece. Às vezes até faz comigo e com o meu marido. Se ele está a dar festas e eu apareço e lhe dou uma festa ela mostra-me os dentes. o que não é normal.

Comecei então a ser mais autoritária com ela. Quando íamos à rua, comecei a sair primeiro e a fazê-la sempre seguir-me. Levo-a a dar longos passeios mas não me parece que o seu comportamento tenha melhorado.

Este natal o meu marido ofereceu-me o nosso cão de sonho. Uma labrador preta com dois meses. só que temos um problema com a Kika..ela não a deixa nem chegar perto sem lhe mostrar os dentes. Adorava saber se é possível resolver este comportamento! como é que eu posso ajudar a kika a dar-se bem com outros cães e não mostrar os dentes.

Agradeço desde já toda a atenção dispensada.

Melhores Cumprimentos,
Rossana Rebelo

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mais uma "Feliz" sugestão - A ALIMENTAÇÃO

Já aflorei este assunto noutros post's mas nunca lhe dediquei um inteiro. Então cá vai.
Este é um assunto que está longe de ser consensual, seja no que diz respeito ás marcas de ração seja ao tipo de alimentação, seja ás quantidades, seja até ao número de refeições.
Vou então limitar-me a dar a minha humilde opinião.
Quanto a marcas eu costumo evitar aquelas que são feitas com o único propósito de o cão gostar. Falo das que são vendidas em supermercados e que normalmente até têm grandes investimentos em publicidade. Por princípio acho preferível, e isto é uma mera sugestão, que quando levar o seu amigo a primeira vez ao veterinário recolha a opinião dele.Sabemos que manter um cão a alimentar-se com "Purina", Hills", "Satisfaction", sei lá, pode ser bem dispendioso, por isso acho que no limite não haverá problema de misturar numa das refeições uma ração mais barata.
Quanto a cozinhar a comida do cão... conheço quem o faça e acreditem meus amigos que o valorizo bastante. Acho que é inclusive uma boa prática desde que saibamos o que estamos a fazer, por exemplo jamais utilizar sal, ter cuidado com ossos de galinha ou até com a temperatura a que lhes damos a comida. Mas fundamentalmente pode ser uma boa prática como recompensa e nunca como hábito. Isto por dois motivos essenciais: 1º porque as rações têm todos os complementos, cientificamente testados, que eles precisam ao passo que o "pitéu" que lhes preparamos normalmente é rico em muita coisa mas pobre em algumas outras que lhe fazem falta; 2º porque é muito mais complicado dosear a quantidade que lhes damos.
Quanto ao número de refeições, acho que todos deviam ter 3 refeições diárias, de manha, á hora de almoço e à hora de jantar. No entanto também defendo que o animal tem que se adaptar à nossa rotina pelo que duas refeições (de manhã e à noite) é perfeitamente aceitável, a não ser em cachorros que têm mesmo a necessidade de mais refeições. ATENÇÃO que falo na mesma quantidade de comida dividida por 2 ou 3 refeições e não, por exemplo, um copo de ração de cada vez, sejam 2 ou 3 refeições.
Finalmente uma dica: tendo em conta a importância de não comerem o que não devem, devem tentar mostrar sempre que a comida é VOSSA e não dele. Isto é, vocês é que lhe estão a dar. Daí ser benéfico, depois de deitarem a comida na taça dele, não o deixar comer imediatamente, ou, pior ainda deixa-lo definir o momento de comer, ou seja, porem a comida na taça para quando ele quiser ir comer. Neste cenário o cão vê a comida como dele e como nossa a obrigação de lha facultar e não como algo que com prazer retribui.
Acho que já me alonguei demasiado...
Qualquer coisa que me tenha escapado ou que não esteja claro não hesitem em comentar!!